terça-feira, 24 de abril de 2012

UFSM lança e-book sobre práticas e discursos midiáticos


Foi lançado e disponibilizado para download gratuito o e-book “Práticas e discursos midiáticos: representação, sociedade e tecnologia”. A obra é constituída de dez artigos, derivados das dissertações de Mestrado defendidas em 2010 no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Midiática (POSCOM) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Está dividida de acordo com as duas linhas de pesquisa do POSCOM: “Mídia e Identidades Contemporâneas” e “Mídia e Estratégias Comunicacionais”.

Os trabalhos são permeados de discussões sobre a relação entre mídia e sociedade, por meio de diferentes metodologias, aportes teóricos e objetos empíricos, tais como revistas, jornais, organizações, publicidade, telenovela, charge e mídias sociais digitais. O livro foi organizado pelos professores Adair Peruzzolo, Fabiano Maggioni, Laura Wottrich e Patrícia Pérsigo, com o apoio do Curso de Produção Editorial da UFSM. O material foi editado pela FACOS-UFSM, e está disponível para download no site do POSCOM.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Aberrações de um jornalismo sem diploma (por enquanto)

Quem me conhece, sabe que desde sempre sou defensora da obrigatoriedade da exigência do diploma em Jornalismo para exercício da profissão.  Sempre entendi e respeitei, no entanto, a opinião contrária daqueles jornalistas que obtiveram seus registros em função dos anos de prática comprovada, mesmo sem a formação. Aliás, conheço alguns que, mesmo sem formação, defendem a exigência do diploma como forma de qualificar a atividade. Entendo, até certo ponto, aqueles jornalistas formados que acham dispensável o diploma, pois consideram que aprenderam mais no mercado que na faculdade.
Os primeiros eu entendo e respeito porque são pessoas que não tiveram oportunidade de frequentar a universidade ou o curso de Jornalismo e iniciaram sua vida profissional em outros tempos. Esses últimos, geralmente jovens que estão há pouco no mercado, eu até entendo, porque em geral são profissionais que relegam a importância da faculdade a segundo plano por pura ignorância. Não leve por ofensa se é o seu caso, mas se você não soube aproveitar a melhor oportunidade da sua vida para tentar fazer diferente do que fazem as empresas na prática jornalística e não entendeu o papel da universidade, será um operário da indústria da informação e não um profissional pensante. Se sua formação falhou em aspectos técnicos ou teóricos e foi o mercado que preencheu isso, seu problema é grande. Vai ser um mero reprodutor de modelos provavelmente sem argumentos contra seus chefes.  Pode ser que, se você sempre concordar com eles, chegue longe na carreira. É claro que ser empregado não é o único caminho para ser jornalista, e cada vez mais existem grandes oportunidades para que o profissional seja empreendedor, sobretudo na web, mas sem formação esse caminho é mais difícil ainda. 
Agora, quem eu não consigo entender, com todo o respeito que merecem, são os professores de Jornalismo que defendem que o diploma não deve mesmo ser obrigatório. Alguns até usam argumentos nobres, como a defesa de um jornalismo mais plural e tudo o mais, mas a sensação que eu tenho é que esses pesquisadores e docentes não conhecem a mesma realidade de aberrações que eu conheço quando o diploma é dispensado. Tenho conhecidos e amigos que trabalham com registro sem nunca ter frequentado a faculdade. Respeito aqueles que têm instinto de repórter, esforçam-se para escrever direitinho e tentam ser bons profissionais. O problema é que eles podem ser redatores, webdesigners, repórteres, mas a maioria nunca leu qualquer livro de jornalismo, não sabe nada sobre o papel social da imprensa, e não tem a menor ideia do porquê da adoção do lead nas  matérias, só para falar do básico. Pelos artigos e mensagens que andei lendo dos professores que defendem a não obrigatoriedade do diploma em jornalismo, essa realidade que menciono não faz diferença. Talvez sejam profissionais que atuam em grandes centros, em que a maioria das empresas procura profissionais qualificados. Mas será que no interior, nas cidades menores, a população merece um jornalismo de pior qualidade? Quem sabe as empresas do interior passariam a procurar jornalistas graduados se houvesse maior fiscalização e incentivo?
Outro argumento é que vários países de primeiro mundo não exigem diploma em jornalismo e possuem um alto nível de produção jornalística. Mas será possível comparar nossa realidade com a desses países? Será que em Portugal, nos Estados Unidos ou na Espanha as empresas e a própria sociedade convivem bem com jornalistas que não conhecem a fundo a cultura, a história e as principais técnicas jornalísticas?
Não é preciso dizer que existem jornalistas formados que são medíocres aqui no Brasil, enquanto há outros sem formação que são muito melhores. Primeiro é preciso questionar os critérios do que seria um bom jornalismo. Mas esse argumento, de qualquer modo, é muito raso. Você seria a favor do exercício da medicina por pessoas talentosas, mas sem formação? Para não ficar no plano das ideias, trago aqui um exemplo que me deixa estarrecida e que nos dá pistas do tipo de consequência que ocorre quando o diploma de jornalismo deixa de ser o critério mínimo exigido para o exercício da profissão. Está no ar, registrado desde 2009 na internet brasileira, o site do tal “Sindicato Nacional dos Jornalistas”, o SINAJ, uma aberração estética, ética e de conteúdo. Fico imaginando que jornalista que tenha passado por uma universidade seria capaz de se filiar a essa entidade. 

O nível com que se trata o jornalismo no site do autointitulado Sindicato Nacional dos Jornalistas
Só de olhar o visual do site, já se tem uma ideia da qualidade da coisa. Poderia ser séria uma entidade que chama filiados oferecendo um curso “gratuito” de Jornalismo? Eles prometem que o certificado é válido em “todo o território nacional”. Não dá medo? Para receber a maravilha de curso, basta pagar um plano semestral de R$180,00 mais taxas.

O site do Sindicato Nacional dos Jornalistas: como isso pode estar online?
 Com a ajuda do Jonas Brasil, descobrimos que o site está registrado no Registro.Br desde 2009, quando precisamente no dia 23 de junho o Sinaj obteve seu CNPJ junto à Receita Federal. Coincidência ou não, poucos dias após a decisão do Supremo Tribunal Federal que derrubou a exigência do diploma para concessão do registro de jornalista. É válido destacar que a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) não dá qualquer sinal de endossar essa entidade, presidida pelo senhor Fernando Leão, que é responsável por uma emissora de televisão chamada NGT. Diretor de televisão presidindo sindicato de jornalístas?

O STF derrubou a exigência do diploma no dia 17 de junho...

... dias depois foi obtido o CNPJ do Sindicato, presidido por um diretor de uma emissora. 
Recentemente, com a aprovação da PEC dos jornalistas no Senado, que integra à Constituição a regulamentação da profissão de jornalista, fomos chamados “as viúvas de Gutenberg”, como se estivéssemos, ao defender a formação como critério mínimo de qualidade, ultrapassados e fora de moda.  Mas o retrocesso não seria justamente jogar o jornalismo na vala comum das atividades sem exigência de formação?
 Minha intenção não é ser corporativista ou defender reserva de mercado, mas lutar pela dignidade da minha profissão. Se as universidades e os cursos não estão preparando adequadamente, não é liberando geral que a qualidade dos jornalistas irá melhorar. Achar que o “mercado” prepara melhor é juntar-se ao argumento dos proprietários das grandes empresas de rádio e televisão e dos donos de jornais, que preferem mesmo jornalistas sem formação para poder melhor moldá-los aos seus interesses, além de pagar salários cada vez mais baixos. Até concursos públicos para jornalistas têm surgido sem exigência do diploma. É justo nivelar por baixo uma profissão com uma importância tão fundamental na democracia?
O presidente do Sinaj no destaque. Algum jornalista o reconhece como seu representante?
 Alguns críticos da exigência do diploma são profissionais e pesquisadores da área digital, que acreditam que as novas tecnologias incorporaram de vez todo mundo no processo de circulação de informações, sem necessidade de mediadores institucionais. Também pesquiso e atuo na área e penso que é justamente o contrário. Nunca se precisou tanto de mediadores qualificados, ainda que esse processo de mediação seja muito mais complexo hoje. Outra coisa: é preciso distinguir informação de notícia, jornalista profissional de cidadão, assim como liberdade de expressão de prática jornalística. Regulamentar a profissão não vai contra a liberdade de expressão, como defende a entidade representativa das empresas de comunicação, muito pelo contrário. Enquanto professores e profissionais se aliam a outros interesses que não o de uma melhor qualificação da profissão, quem perde é a sociedade e o jornalismo.
Se a PEC for aprovada depois de cumprir todas as votações, então poderemos discutir como melhorar a formação dos jornalistas nas universidades e ajudar a construir uma mídia informativa mais plural, democrática e ética, deixando mais constrangidos os autores das aberrações que hoje andam por aí livremente.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Seleção para Doutorado em Comunicação da UFSM será em janeiro

Aos interessados, repasso a informação da Secretaria do PPGCOM da UFSM.
O edital de seleção para o doutorado deve ser publicado nos primeiros dias de janeiro de 2012 no portal da UFSM. A seleção está prevista para ocorrer nos últimos dia do do mês. As matrículas serão realizadas no mês de fevereiro, segundo o calendário da UFSM para o primeiro semestre de 2012.  
A seleção envolverá as seguintes etapas:  
a) Prova de títulos, com avaliação do Curriculum Vitae modelo Lattes;  
b) análise do projeto vinculado a uma das linhas de pesquisa do PPGCOM por membros da comissão de seleção;  
c) entrevista com membros da comissão de seleção;  
d) comprovação de aprovação em Prova de Suficiência em língua estrangeira.
Maiores esclarecimentos e detalhes constarão do Edital.

sábado, 10 de setembro de 2011

Oficina de Web TV com a Família a Bordo

   Uma das coisas mais interessantes das mídias digitais é a possibilidade de acesso - gratuito em muitos casos - de um grande número de pessoas às tecnologias e a gama infinita de possibilidades do que elas podem fazer com isso tudo. 
   Quem imaginou alguns anos atrás que poderíamos transmitir acontecimentos em tempo real de um celular ou fazer um programa ao vivo de televisão tendo como equipamento apenas um notebook conectado à internet? 
   Confesso que, em termos de produção televisiva via web, o máximo a que tinha me aventurado era utilizar a twitcam, que funciona via Livestream, para que um cliente da agência em que trabalho interagisse com seu público. 
   Pois ontem, dia 09, conheci as possibilidades de uso do Ustream em uma oficina gratuita realizada na Casa de Cultura de Santa Maria pelo pessoal do projeto Família a Bordo. A oficina de Web TV foi ministrada pela Grazi Calazans (foto), que viaja com o marido Neo e os filhos Layla, de 7, e o Dimi, ainda de colo, neste projeto de cultura e muita coragem. 

Foto: Jonas Brasil

   Voltando à oficina, gostei muito das possibilidades do Ustream, pois através do Producer, uma espécie de programa de edição, pode-se montar toda uma apresentação ou mesmo um programa televisivo via web. 
   Dá para ir transmitindo sua palestra, entrevista etc, e ao mesmo tempo inserir imagens, vídeos, ou até um powerpoint. Ele tem chat embutido, link para as redes sociais, e permite que os programas fiquem gravados, podendo ainda ser compartilhados no Youtube. O legal do Producer é que pode-se montar a estrutura da transmissão antes de iniciá-la.
   A Grazi comentou que muitas pessoas preferem as funcionalidades do Livestream, que assemelha-se ao Ustream, mas não tem experiência com este outro serviço. Fiquei com vontade de testar os dois e depois compartilhar aqui minhas impressões.
   O Família a Bordo pretende visitar 60 cidades da América Latina levando música, literatura e tecnologia de forma gratuita à população. Em Santa Maria, eles tiveram apoio do Macondo Coletivo.  



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dissertação no Slide Share

Acabo de fazer o upload da minha dissertação de Mestrado para o Slide Share. Assim, fica mais fácil visualizá-la também por aqui, ou fazer o download. Aos poucos, irei disponibilizando por lá também os artigos já publicados.


View more documents from Luciana Carvalho.

domingo, 28 de agosto de 2011

Palestrando por aí

Na última quinta-feira, dia 25, palestrei para os alunos da disciplina de Jornalismo Online da Unifra, a convite da professora Mariângela Recchia. O tema da minha fala foi Jornalismo e Mídias Sociais Digitais (slides abaixo). 

A aula contou também com a palestra sobre Blogs e Jornalismo, da jornalista e mestre em Comunicação Silvana Dalmaso. Foi ótimo reencontrar as amigas Mari e Sil e poder trocar ideias com os alunos. 

Terça-feira irei para outro encontro bacana com os alunos da minha também querida amiga Patrícia Persigo, na UFSM. Eu, o Jonas Brasil e a Taísa Dalla Valle iremos falar sobre Comunicação Integrada. Outro assunto instigante que promete render muita discussão.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mídias sociais e coberturas participativas


>>Artigo que publiquei, este ano, no e-book "Para entender as mídias sociais", organizado pela Ana Brambilla. 

Reconhecidas historicamente por seu papel de intermediárias da informação na sociedade, as empresas jornalísticas veemse hoje diante de pelo menos um desafio no cenário das mídias sociais: como continuar sendo referência de credibilidade para um público cada vez mais atuante e participativo? Com as possibilidades trazidas ou reforçadas pela Web 2.0, o público tornouse fonte de informação, muitas vezes noticiando antes dos veículos de referência.  Basta um aparelho móvel conectado para que sejam publicados relatos por meio de vídeo, texto e fotos, direto do local dos acontecimentos. Diante desse contexto, a resposta mais comum das organizações jornalísticas tem sido a adoção de estratégias de abertura na produção dos conteúdos e de inclusão do público em suas coberturas noticiosas.

Inicialmente, a tendência foi inserir seções de jornalismo participativo ou cidadão nos portais ou sites jornalísticos, geralmente com a edição final a cargo de uma equipe da própria redação. Algumas empresas também passaram a incorporar blogs de jornalismo hiperlocal aos seus  portais, e outras iniciativas com um tom de participação comunitária. Essas estratégias participativas, no entanto, raramente pautam os espaços institucionalizados do jornal, ficando na maior parte do tempo limitadas a uma seção específica. A partir de 2008, com o crescimento das ferramentas de mídia social, com destaque para os usos informativos do Twitter e as possibilidades de relacionamento do Facebook, o cenário ficou mais complexo, pois se criou um fluxo intenso de informações produzidas e/ou disseminadas pelos próprios usuários, sem necessidade de mediação institucional.

Muitas empresas jornalísticas passaram a marcar presença nos sites e ferramentas de mídia social, sem saber direito o que fazer. Algumas continuam reproduzindo o modelo de transmissão da mídia de massa, usando seus perfis apenas para difundir informações. É o caso do @g1 (do portal de notícias da Globo), que em geral utiliza feeds automáticos para postar manchetes em seu perfil no Twitter. Outras empresas jornalísticas, além de postarem informações, também procuram interagir com o público no Twitter, como é o caso dos perfis @estadao (do jornal O Estado de São Paulo) e @zerohora (do jornal gaúcho de mesmo nome).

A participação do público, antes limitada a uma seção no site ou no portal da empresa  jornalística, agora ocorre em fluxo contínuo, através das possibilidades de produção, distribuição e compartilhamento das ferramentas de mídia social. Em coberturas participativas pelo Twitter, os seguidores do perfil de uma organização jornalística (seja jornal, rádio, TV) são convidados a contribuir em algumas coberturas específicas. Os relatos e imagens enviados pela audiência por meio de posts em até 140 caracteres são depois compartilhados com os demais followers, através dos retweets (RTs).

Em minha dissertação de mestrado, analisei duas coberturas jornalísticas, separadas pelo intervalo de um ano, realizadas pelo perfil @zerohora. Os resultados da pesquisa revelaram um crescimento significativo da inclusão do público na narrativa jornalística. Se, em um primeiro momento, o jornal ainda prioriza a difusão de informações, utilizando a mídia social de forma massiva, logo a prioridade passa a ser o compartilhamento das informações geradas pela comunidade de seguidores do jornal no Twitter. Percebese, assim, uma maior exploração das possibilidades da mídia social pelo jornalismo, com maior destaque para a participação.

Na primeira cobertura analisada, foram selecionados 81 tweets postados pelo perfil  @zerohora entre 18/11/2009 e 18/12/2009 que se referiam à cobertura de um temporal. Desse total, a maioria das postagens, correspondendo a 65% do total, dizia respeito à difusão de informações. A participação apareceu apenas nos tweets em que @zerohora solicitava a  contribuição dos seguidores na cobertura, com 12% do total de posts. Em menor número, apareceram usos voltados à conversação com os seguidores e ao compartilhamento, por meio dos retweets. Essa primeira cobertura analisada mostrou que, embora usando a mídia social, o jornal deu preferência a um uso massivo do Twitter, mais distribuindo notícias do que  interagindo ou dando espaço à colaboração dos seguidores.

Já na cobertura de trânsito, que ocorreu um ano depois da primeira, foram selecionados 141 tweets postados por @zerohora entre 05/12/2010 e 05/01/2011. Nesse caso, as contribuições do público se sobrepuseram às notícias dadas pelo próprio jornal. Mais de 65% dos tweets foram RTs, a maioria deles referente a relatos enviados pelo público. Nesse caso, diminuiu o número de tweets em que o jornal solicita a participação, mas aumentou consideravelmente o compartilhamento da participação efetiva dos seguidores. Os resultados mostraram uma  evolução da apropriação do Twitter como mídia social por parte de @zerohora, a partir da valorização da cobertura participativa.

Embora seja um case pontual, @zerohora pode fazer parte de uma tendência mundial em  termos de cobertura jornalística através do Twitter. Especialmente em catástrofes e conflitos políticos, o Twitter cada vez mais reúne um grande número de atores sociais capazes de postar informações relevantes direto do palco dos acontecimentos. Cabe aos perfis das organizações jornalísticas, ou dos próprios jornalistas, atuarem na moderação dessas informações, apurandoas e replicando o que for relevante. Talvez seja esse o novo papel que caiba ao jornalismo na era das mídias sociais: atuar como uma espécie de atestado de credibilidade ao primar não pelo furo da notícia, mas por sua validação.

Jornalistas e organizações informativas ao redor do mundo têm tentado encontrar o melhor uso para as mídias sociais, e alguns casos de sucesso envolvem a adoção de coberturas participativas no Twitter. É o caso do jornalista norteamericano Andy Carvin, da NPR (rádio pública dos EUA) que realiza sua cobertura sobre o mundo árabe de modo participativo, por meio de RTs no Twitter. Devido ao grande número de perfis que segue e de sua influência na Web, o repórter tornouse uma espécie de agência de notícias que representa a NPR nas mídias sociais. O papel de mediador que conquistou nesse espaço tem tanto peso, que a rede decidiu manter seu perfil pessoal ao invés de forçálo a usar o nome da organização.

A adoção da cobertura participativa nas mídias sociais por parte das organizações noticiosas é algo recente, mas pode ser uma iniciativa capaz de agregar um novo tipo de credibilidade no espaço digital. Incluir o público passa a ser vital para a sobrevivência do próprio jornalismo. Difundir e transmitir são verbos da era de massa que parecem ficar cada vez mais no passado, dando lugar a outros mais adequados à mídia social, como conversar, compartilhar e interagir. De qualquer modo, ainda é cedo para sabermos a fórmula ideal desse novo jornalismo, se é que essa fórmula existe.

>> Vale a pena conferir todos os artigos do e-book. Tem gente de peso lá, a começar pelos prefácios de Raquel Recuero, Juliano Spyer e Edney Souza, além de Pollyana Ferrari, Eric Messa, Gil Giardelli, dentre tantos outros. Ainda não fez o download? É só clicar aqui