segunda-feira, 2 de maio de 2011

A morte de Bin Laden nas mídias sociais

No início da madrugada desta segunda-feira, quando alguns insones internautas tentavam encerrar suas atividades do final de semana procurando por assuntos interessantes na rede, começavam os rumores da morte do líder da organização terrorista Al Qaeda, a quem se atribui a autoria dos atentados de 11 de setembro de 2001. 
Rapidamente, no Twitter e no Facebook, as pessoas comentavam ter ouvido rumores, mas sem confirmação nos canais oficiais. Aos poucos iam surgindo notícias aqui e ali nos sites de notícias, na CNN, com a informação confirmada finalmente pelo pronunciamento do Presidente Barack Obama feito ao vivo e transmitido via youtube e site da Casa Branca. 
Mais uma vez as mídias sociais desbancaram as mídias de massa em agilidade e compromisso com a informação em tempo real. A TV aberta brasileira foi criticada na internet por não dar a informação e só abrir um plantão bem mais tarde, e provavelmente gravado. 
O site Mashable postou uma enquete para saber qual o canal pelo qual seus leitores ficaram sabendo primeiro da morte de Osama. Antes das 2h, quando este post era escrito, quase 50% tinham sido informados pelo Twitter (a maior fatia) e 17% pelo Facebook (em segundo lugar), contra 13% que afirmaram ser informados pela televisão (em terceiro). Com menos expressão aparecem mensagens de texto, telefone e outros.
O assunto movimentou as redes sociais na internet, ficando no topo dos mais comentados do Twitter. As mídias sociais são, assim, cada vez mais levadas a sério como fóruns de troca de informação. E isso não se aplica apenas ao Twitter. O Facebook, geralmente visto mais como plataforma de entretenimento e conversação e nem tanto para informação, mostrou que também possui uma veia informativa, jornalística. Fiquei sabendo, inclusive, por acaso, que o site da Casa Branca está todo integrado à rede social. Na hora do discurso do presidente Obama, era possível, além de assistir ao pronunciamento, comentar a fala em um chat em tempo real, através de um aplicativo do Facebook.
E você, como ficou sabendo da notícia?

2 comentários:

  1. Também fiquei sabendo pelo Twitter. Aliás, acho que a internet, de um modo geral, tomou o espaço de vários meios massivos para algumas pessoas. Eu me incluo irrestritamente entre estas. Faz mais de um ano que não assisto à televisão aberta (estou desconsiderando assistências episódicas, por exemplo). Basicamente porque não encontro ali nada mais que me atraia. O jornalismo, discussões específicas à parte, não me agrada, não me informa e não me atualiza do mesmo modo que eu (escolha/interação) posso fazê-lo na internet, escolhendo quem e o quê ler/assistir/ouvir. A parte de entretenimento, com uma ou outra pontual exceção, é muitíssimo ruim e limitada (além de repetitiva). E nada do que é produzido na TV aberta não pode ser acessado quase instantaneamente pela internet (com a larga vantagem de o consumidor do produto escolher quando e como fará a assistência).

    Enfim, parece-me inquestionável a vantagem que as redes sociais levam em relação aos demais meios no que diz respeito à divulgação de informações. O que ainda é pouco claro é como vai se dar a transição da credibilidade que os meios de comunicação massivos possuem em detrimento da pouca que as redes sociais (pensadas também como espaços jornalísticos neste caso) ainda têm. É algo que o tempo (e as pesquisas em torno disso) nos dirão.

    Abraços. =)

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  2. Estou contigo, Luiz. Assisto TV só para entretenimento, esporadicamente. A internet cada vez mais se tornou minha fonte central de informações. E, mesmo na internet, a maioria das coisas fico sabendo primeiro por amigos e blogueiros do que por sites de notícias. É o modelo massivo de comunicação ficando para trás.

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