segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Aberrações de um jornalismo sem diploma (por enquanto)

Quem me conhece, sabe que desde sempre sou defensora da obrigatoriedade da exigência do diploma em Jornalismo para exercício da profissão.  Sempre entendi e respeitei, no entanto, a opinião contrária daqueles jornalistas que obtiveram seus registros em função dos anos de prática comprovada, mesmo sem a formação. Aliás, conheço alguns que, mesmo sem formação, defendem a exigência do diploma como forma de qualificar a atividade. Entendo, até certo ponto, aqueles jornalistas formados que acham dispensável o diploma, pois consideram que aprenderam mais no mercado que na faculdade.
Os primeiros eu entendo e respeito porque são pessoas que não tiveram oportunidade de frequentar a universidade ou o curso de Jornalismo e iniciaram sua vida profissional em outros tempos. Esses últimos, geralmente jovens que estão há pouco no mercado, eu até entendo, porque em geral são profissionais que relegam a importância da faculdade a segundo plano por pura ignorância. Não leve por ofensa se é o seu caso, mas se você não soube aproveitar a melhor oportunidade da sua vida para tentar fazer diferente do que fazem as empresas na prática jornalística e não entendeu o papel da universidade, será um operário da indústria da informação e não um profissional pensante. Se sua formação falhou em aspectos técnicos ou teóricos e foi o mercado que preencheu isso, seu problema é grande. Vai ser um mero reprodutor de modelos provavelmente sem argumentos contra seus chefes.  Pode ser que, se você sempre concordar com eles, chegue longe na carreira. É claro que ser empregado não é o único caminho para ser jornalista, e cada vez mais existem grandes oportunidades para que o profissional seja empreendedor, sobretudo na web, mas sem formação esse caminho é mais difícil ainda. 
Agora, quem eu não consigo entender, com todo o respeito que merecem, são os professores de Jornalismo que defendem que o diploma não deve mesmo ser obrigatório. Alguns até usam argumentos nobres, como a defesa de um jornalismo mais plural e tudo o mais, mas a sensação que eu tenho é que esses pesquisadores e docentes não conhecem a mesma realidade de aberrações que eu conheço quando o diploma é dispensado. Tenho conhecidos e amigos que trabalham com registro sem nunca ter frequentado a faculdade. Respeito aqueles que têm instinto de repórter, esforçam-se para escrever direitinho e tentam ser bons profissionais. O problema é que eles podem ser redatores, webdesigners, repórteres, mas a maioria nunca leu qualquer livro de jornalismo, não sabe nada sobre o papel social da imprensa, e não tem a menor ideia do porquê da adoção do lead nas  matérias, só para falar do básico. Pelos artigos e mensagens que andei lendo dos professores que defendem a não obrigatoriedade do diploma em jornalismo, essa realidade que menciono não faz diferença. Talvez sejam profissionais que atuam em grandes centros, em que a maioria das empresas procura profissionais qualificados. Mas será que no interior, nas cidades menores, a população merece um jornalismo de pior qualidade? Quem sabe as empresas do interior passariam a procurar jornalistas graduados se houvesse maior fiscalização e incentivo?
Outro argumento é que vários países de primeiro mundo não exigem diploma em jornalismo e possuem um alto nível de produção jornalística. Mas será possível comparar nossa realidade com a desses países? Será que em Portugal, nos Estados Unidos ou na Espanha as empresas e a própria sociedade convivem bem com jornalistas que não conhecem a fundo a cultura, a história e as principais técnicas jornalísticas?
Não é preciso dizer que existem jornalistas formados que são medíocres aqui no Brasil, enquanto há outros sem formação que são muito melhores. Primeiro é preciso questionar os critérios do que seria um bom jornalismo. Mas esse argumento, de qualquer modo, é muito raso. Você seria a favor do exercício da medicina por pessoas talentosas, mas sem formação? Para não ficar no plano das ideias, trago aqui um exemplo que me deixa estarrecida e que nos dá pistas do tipo de consequência que ocorre quando o diploma de jornalismo deixa de ser o critério mínimo exigido para o exercício da profissão. Está no ar, registrado desde 2009 na internet brasileira, o site do tal “Sindicato Nacional dos Jornalistas”, o SINAJ, uma aberração estética, ética e de conteúdo. Fico imaginando que jornalista que tenha passado por uma universidade seria capaz de se filiar a essa entidade. 

O nível com que se trata o jornalismo no site do autointitulado Sindicato Nacional dos Jornalistas
Só de olhar o visual do site, já se tem uma ideia da qualidade da coisa. Poderia ser séria uma entidade que chama filiados oferecendo um curso “gratuito” de Jornalismo? Eles prometem que o certificado é válido em “todo o território nacional”. Não dá medo? Para receber a maravilha de curso, basta pagar um plano semestral de R$180,00 mais taxas.

O site do Sindicato Nacional dos Jornalistas: como isso pode estar online?
 Com a ajuda do Jonas Brasil, descobrimos que o site está registrado no Registro.Br desde 2009, quando precisamente no dia 23 de junho o Sinaj obteve seu CNPJ junto à Receita Federal. Coincidência ou não, poucos dias após a decisão do Supremo Tribunal Federal que derrubou a exigência do diploma para concessão do registro de jornalista. É válido destacar que a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) não dá qualquer sinal de endossar essa entidade, presidida pelo senhor Fernando Leão, que é responsável por uma emissora de televisão chamada NGT. Diretor de televisão presidindo sindicato de jornalístas?

O STF derrubou a exigência do diploma no dia 17 de junho...

... dias depois foi obtido o CNPJ do Sindicato, presidido por um diretor de uma emissora. 
Recentemente, com a aprovação da PEC dos jornalistas no Senado, que integra à Constituição a regulamentação da profissão de jornalista, fomos chamados “as viúvas de Gutenberg”, como se estivéssemos, ao defender a formação como critério mínimo de qualidade, ultrapassados e fora de moda.  Mas o retrocesso não seria justamente jogar o jornalismo na vala comum das atividades sem exigência de formação?
 Minha intenção não é ser corporativista ou defender reserva de mercado, mas lutar pela dignidade da minha profissão. Se as universidades e os cursos não estão preparando adequadamente, não é liberando geral que a qualidade dos jornalistas irá melhorar. Achar que o “mercado” prepara melhor é juntar-se ao argumento dos proprietários das grandes empresas de rádio e televisão e dos donos de jornais, que preferem mesmo jornalistas sem formação para poder melhor moldá-los aos seus interesses, além de pagar salários cada vez mais baixos. Até concursos públicos para jornalistas têm surgido sem exigência do diploma. É justo nivelar por baixo uma profissão com uma importância tão fundamental na democracia?
O presidente do Sinaj no destaque. Algum jornalista o reconhece como seu representante?
 Alguns críticos da exigência do diploma são profissionais e pesquisadores da área digital, que acreditam que as novas tecnologias incorporaram de vez todo mundo no processo de circulação de informações, sem necessidade de mediadores institucionais. Também pesquiso e atuo na área e penso que é justamente o contrário. Nunca se precisou tanto de mediadores qualificados, ainda que esse processo de mediação seja muito mais complexo hoje. Outra coisa: é preciso distinguir informação de notícia, jornalista profissional de cidadão, assim como liberdade de expressão de prática jornalística. Regulamentar a profissão não vai contra a liberdade de expressão, como defende a entidade representativa das empresas de comunicação, muito pelo contrário. Enquanto professores e profissionais se aliam a outros interesses que não o de uma melhor qualificação da profissão, quem perde é a sociedade e o jornalismo.
Se a PEC for aprovada depois de cumprir todas as votações, então poderemos discutir como melhorar a formação dos jornalistas nas universidades e ajudar a construir uma mídia informativa mais plural, democrática e ética, deixando mais constrangidos os autores das aberrações que hoje andam por aí livremente.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Seleção para Doutorado em Comunicação da UFSM será em janeiro

Aos interessados, repasso a informação da Secretaria do PPGCOM da UFSM.
O edital de seleção para o doutorado deve ser publicado nos primeiros dias de janeiro de 2012 no portal da UFSM. A seleção está prevista para ocorrer nos últimos dia do do mês. As matrículas serão realizadas no mês de fevereiro, segundo o calendário da UFSM para o primeiro semestre de 2012.  
A seleção envolverá as seguintes etapas:  
a) Prova de títulos, com avaliação do Curriculum Vitae modelo Lattes;  
b) análise do projeto vinculado a uma das linhas de pesquisa do PPGCOM por membros da comissão de seleção;  
c) entrevista com membros da comissão de seleção;  
d) comprovação de aprovação em Prova de Suficiência em língua estrangeira.
Maiores esclarecimentos e detalhes constarão do Edital.

sábado, 10 de setembro de 2011

Oficina de Web TV com a Família a Bordo

   Uma das coisas mais interessantes das mídias digitais é a possibilidade de acesso - gratuito em muitos casos - de um grande número de pessoas às tecnologias e a gama infinita de possibilidades do que elas podem fazer com isso tudo. 
   Quem imaginou alguns anos atrás que poderíamos transmitir acontecimentos em tempo real de um celular ou fazer um programa ao vivo de televisão tendo como equipamento apenas um notebook conectado à internet? 
   Confesso que, em termos de produção televisiva via web, o máximo a que tinha me aventurado era utilizar a twitcam, que funciona via Livestream, para que um cliente da agência em que trabalho interagisse com seu público. 
   Pois ontem, dia 09, conheci as possibilidades de uso do Ustream em uma oficina gratuita realizada na Casa de Cultura de Santa Maria pelo pessoal do projeto Família a Bordo. A oficina de Web TV foi ministrada pela Grazi Calazans (foto), que viaja com o marido Neo e os filhos Layla, de 7, e o Dimi, ainda de colo, neste projeto de cultura e muita coragem. 

Foto: Jonas Brasil

   Voltando à oficina, gostei muito das possibilidades do Ustream, pois através do Producer, uma espécie de programa de edição, pode-se montar toda uma apresentação ou mesmo um programa televisivo via web. 
   Dá para ir transmitindo sua palestra, entrevista etc, e ao mesmo tempo inserir imagens, vídeos, ou até um powerpoint. Ele tem chat embutido, link para as redes sociais, e permite que os programas fiquem gravados, podendo ainda ser compartilhados no Youtube. O legal do Producer é que pode-se montar a estrutura da transmissão antes de iniciá-la.
   A Grazi comentou que muitas pessoas preferem as funcionalidades do Livestream, que assemelha-se ao Ustream, mas não tem experiência com este outro serviço. Fiquei com vontade de testar os dois e depois compartilhar aqui minhas impressões.
   O Família a Bordo pretende visitar 60 cidades da América Latina levando música, literatura e tecnologia de forma gratuita à população. Em Santa Maria, eles tiveram apoio do Macondo Coletivo.  



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dissertação no Slide Share

Acabo de fazer o upload da minha dissertação de Mestrado para o Slide Share. Assim, fica mais fácil visualizá-la também por aqui, ou fazer o download. Aos poucos, irei disponibilizando por lá também os artigos já publicados.


View more documents from Luciana Carvalho.

domingo, 28 de agosto de 2011

Palestrando por aí

Na última quinta-feira, dia 25, palestrei para os alunos da disciplina de Jornalismo Online da Unifra, a convite da professora Mariângela Recchia. O tema da minha fala foi Jornalismo e Mídias Sociais Digitais (slides abaixo). 

A aula contou também com a palestra sobre Blogs e Jornalismo, da jornalista e mestre em Comunicação Silvana Dalmaso. Foi ótimo reencontrar as amigas Mari e Sil e poder trocar ideias com os alunos. 

Terça-feira irei para outro encontro bacana com os alunos da minha também querida amiga Patrícia Persigo, na UFSM. Eu, o Jonas Brasil e a Taísa Dalla Valle iremos falar sobre Comunicação Integrada. Outro assunto instigante que promete render muita discussão.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mídias sociais e coberturas participativas


>>Artigo que publiquei, este ano, no e-book "Para entender as mídias sociais", organizado pela Ana Brambilla. 

Reconhecidas historicamente por seu papel de intermediárias da informação na sociedade, as empresas jornalísticas veemse hoje diante de pelo menos um desafio no cenário das mídias sociais: como continuar sendo referência de credibilidade para um público cada vez mais atuante e participativo? Com as possibilidades trazidas ou reforçadas pela Web 2.0, o público tornouse fonte de informação, muitas vezes noticiando antes dos veículos de referência.  Basta um aparelho móvel conectado para que sejam publicados relatos por meio de vídeo, texto e fotos, direto do local dos acontecimentos. Diante desse contexto, a resposta mais comum das organizações jornalísticas tem sido a adoção de estratégias de abertura na produção dos conteúdos e de inclusão do público em suas coberturas noticiosas.

Inicialmente, a tendência foi inserir seções de jornalismo participativo ou cidadão nos portais ou sites jornalísticos, geralmente com a edição final a cargo de uma equipe da própria redação. Algumas empresas também passaram a incorporar blogs de jornalismo hiperlocal aos seus  portais, e outras iniciativas com um tom de participação comunitária. Essas estratégias participativas, no entanto, raramente pautam os espaços institucionalizados do jornal, ficando na maior parte do tempo limitadas a uma seção específica. A partir de 2008, com o crescimento das ferramentas de mídia social, com destaque para os usos informativos do Twitter e as possibilidades de relacionamento do Facebook, o cenário ficou mais complexo, pois se criou um fluxo intenso de informações produzidas e/ou disseminadas pelos próprios usuários, sem necessidade de mediação institucional.

Muitas empresas jornalísticas passaram a marcar presença nos sites e ferramentas de mídia social, sem saber direito o que fazer. Algumas continuam reproduzindo o modelo de transmissão da mídia de massa, usando seus perfis apenas para difundir informações. É o caso do @g1 (do portal de notícias da Globo), que em geral utiliza feeds automáticos para postar manchetes em seu perfil no Twitter. Outras empresas jornalísticas, além de postarem informações, também procuram interagir com o público no Twitter, como é o caso dos perfis @estadao (do jornal O Estado de São Paulo) e @zerohora (do jornal gaúcho de mesmo nome).

A participação do público, antes limitada a uma seção no site ou no portal da empresa  jornalística, agora ocorre em fluxo contínuo, através das possibilidades de produção, distribuição e compartilhamento das ferramentas de mídia social. Em coberturas participativas pelo Twitter, os seguidores do perfil de uma organização jornalística (seja jornal, rádio, TV) são convidados a contribuir em algumas coberturas específicas. Os relatos e imagens enviados pela audiência por meio de posts em até 140 caracteres são depois compartilhados com os demais followers, através dos retweets (RTs).

Em minha dissertação de mestrado, analisei duas coberturas jornalísticas, separadas pelo intervalo de um ano, realizadas pelo perfil @zerohora. Os resultados da pesquisa revelaram um crescimento significativo da inclusão do público na narrativa jornalística. Se, em um primeiro momento, o jornal ainda prioriza a difusão de informações, utilizando a mídia social de forma massiva, logo a prioridade passa a ser o compartilhamento das informações geradas pela comunidade de seguidores do jornal no Twitter. Percebese, assim, uma maior exploração das possibilidades da mídia social pelo jornalismo, com maior destaque para a participação.

Na primeira cobertura analisada, foram selecionados 81 tweets postados pelo perfil  @zerohora entre 18/11/2009 e 18/12/2009 que se referiam à cobertura de um temporal. Desse total, a maioria das postagens, correspondendo a 65% do total, dizia respeito à difusão de informações. A participação apareceu apenas nos tweets em que @zerohora solicitava a  contribuição dos seguidores na cobertura, com 12% do total de posts. Em menor número, apareceram usos voltados à conversação com os seguidores e ao compartilhamento, por meio dos retweets. Essa primeira cobertura analisada mostrou que, embora usando a mídia social, o jornal deu preferência a um uso massivo do Twitter, mais distribuindo notícias do que  interagindo ou dando espaço à colaboração dos seguidores.

Já na cobertura de trânsito, que ocorreu um ano depois da primeira, foram selecionados 141 tweets postados por @zerohora entre 05/12/2010 e 05/01/2011. Nesse caso, as contribuições do público se sobrepuseram às notícias dadas pelo próprio jornal. Mais de 65% dos tweets foram RTs, a maioria deles referente a relatos enviados pelo público. Nesse caso, diminuiu o número de tweets em que o jornal solicita a participação, mas aumentou consideravelmente o compartilhamento da participação efetiva dos seguidores. Os resultados mostraram uma  evolução da apropriação do Twitter como mídia social por parte de @zerohora, a partir da valorização da cobertura participativa.

Embora seja um case pontual, @zerohora pode fazer parte de uma tendência mundial em  termos de cobertura jornalística através do Twitter. Especialmente em catástrofes e conflitos políticos, o Twitter cada vez mais reúne um grande número de atores sociais capazes de postar informações relevantes direto do palco dos acontecimentos. Cabe aos perfis das organizações jornalísticas, ou dos próprios jornalistas, atuarem na moderação dessas informações, apurandoas e replicando o que for relevante. Talvez seja esse o novo papel que caiba ao jornalismo na era das mídias sociais: atuar como uma espécie de atestado de credibilidade ao primar não pelo furo da notícia, mas por sua validação.

Jornalistas e organizações informativas ao redor do mundo têm tentado encontrar o melhor uso para as mídias sociais, e alguns casos de sucesso envolvem a adoção de coberturas participativas no Twitter. É o caso do jornalista norteamericano Andy Carvin, da NPR (rádio pública dos EUA) que realiza sua cobertura sobre o mundo árabe de modo participativo, por meio de RTs no Twitter. Devido ao grande número de perfis que segue e de sua influência na Web, o repórter tornouse uma espécie de agência de notícias que representa a NPR nas mídias sociais. O papel de mediador que conquistou nesse espaço tem tanto peso, que a rede decidiu manter seu perfil pessoal ao invés de forçálo a usar o nome da organização.

A adoção da cobertura participativa nas mídias sociais por parte das organizações noticiosas é algo recente, mas pode ser uma iniciativa capaz de agregar um novo tipo de credibilidade no espaço digital. Incluir o público passa a ser vital para a sobrevivência do próprio jornalismo. Difundir e transmitir são verbos da era de massa que parecem ficar cada vez mais no passado, dando lugar a outros mais adequados à mídia social, como conversar, compartilhar e interagir. De qualquer modo, ainda é cedo para sabermos a fórmula ideal desse novo jornalismo, se é que essa fórmula existe.

>> Vale a pena conferir todos os artigos do e-book. Tem gente de peso lá, a começar pelos prefácios de Raquel Recuero, Juliano Spyer e Edney Souza, além de Pollyana Ferrari, Eric Messa, Gil Giardelli, dentre tantos outros. Ainda não fez o download? É só clicar aqui


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Publicidade ou Propaganda?

Tive uma experiência este ano como professora da disciplina de Atendimento em um cursinho preparatório para concursos. Em uma das aulas, ao falar sobre Propaganda, uma aluna que era estudante do curso de Comunicação colocou em dúvida o que eu afirmava sobre as diferenças entre os conceitos de Publicidade e de Propaganda. Na hora, eu que sou jornalista e tenho estudado sobre Marketing nas mídias digitais, fiquei realmente confusa. Ao pesquisar sobre o assunto, acabei ficando muito grata àquela aluna que me questionou, pois me oportunizou ter contato com a grande confusão conceitual que existe entre a área do Marketing, que vem da Administração, e a da Publicidade e Propaganda, que faz parte da Comunicação. 
Em minha pesquisa para a aula seguinte no cursinho, encontrei um artigo de 2001 muito esclarecedor, de autoria da Profª Neusa Demartini Gomes (PPGCOM - FAMECOS/PUCRS). Disponibilizo abaixo o resumo que fiz do texto, que acho que pode ajudar muita gente, seja da área da Administração ou da Comunicação. Infelizmente, as faculdades muitas vezes se fecham em suas áreas, delimitando os autores utilizados nas disciplinas, e os alunos acabam saindo com uma visão estreita. Depois, no mercado, até que descubram que todo trabalho exige conhecimento e habilidades multidisciplinares, muitos erros acabam acontecendo. Embora não seja um tema novo, acredito que, assim como eu, muitos outros profissionais e professores deparam com dúvidas semelhantes.

No Brasil, existe confusão entre os termos propaganda e publicidade por um problema de tradução. As traduções dentro da área de administração e marketing utilizam propaganda para o termo em inglês advertising e publicidade para o termo em inglês publicity. As traduções dentro da área de comunicação social vão em sentido oposto, e utilizam propaganda para o termo em inglês publicity e publicidade para o termo em inglês advertising. Particularmente, acredito que a utilização dos termos pelo marketing é mais correta.
No entanto, para os órgãos regulamentadores da atividade no país, não há distinção. Quando se faz a distinção, costuma-se enfatizar que propaganda tem sempre um emissor revelado, explícito, enquanto em publicidade isso pode não acontecer. O termo propaganda é usado quando a veiculação na mídia é paga, já publicidade refere-se à veiculação espontânea.

       Assim:

Propaganda - para a comunicação é a divulgação de ideias; para o marketing tem que ser remunerada e ter patrocinador identificado >>>> advertising

Publicidade - para o marketing é a área profissional que faz propaganda; para a comunicação é a propaganda de cunho comercial >>>> publicity

Para a área de Marketing, especificamente:

·  Propaganda é qualquer forma remunerada de apresentação não pessoal (massivo) e promocional de ideias, bens e serviços por um patrocinador identificado (ANÚNCIO PUBLICITÁRIO). É definida como sendo "a comunicação de massa, paga, cujo objetivo é difundir informações, criar atitudes e induzir a ações benéficas ao anunciante (geralmente, compra do produto ou serviço anunciado)". Em outras palavras, propaganda é todo esforço de comunicação tendente a beneficiar uma empresa, um produto ou um serviço sob o patrocínio ostensivo de alguém (o anunciante, claramente identificado).

·       Publicidade é uma atividade profissional dedicada à difusão pública de ideias associadas a empresas, produtos ou serviços, especificamente, propaganda comercial (PROFISSÃO, ATIVIDADE). É o esforço de comunicação destinado a influenciar determinadas atitudes, mas sem o patrocínio ostensivo de alguém que é o anunciante clara e perfeitamente definido. 


Exemplos:

>> “Beba leite”: divulgação de uma ideia com objetivo evidente, aumentar o consumo de leite. (publicidade)


Reportagem sobre o MC Donalds é um exemplo de publicidade.

>>“Beba leite Parmalat”: divulgação de uma ideia cujo interesse maior é o comercial, ou seja, vender mais leite da marca anunciada. (propaganda).

Anúncio da marca é exemplo de propaganda.
Para não esquecer, fica o quadro abaixo, que resume os conceitos sob a perspectiva do marketing.

PUBLICIDADE X PROPAGANDA
PUBLICIDADE (PUBLICITY)
PROPAGANDA (ADVERTISING)
Faz circular ideiais
Quer ajudar a vender
É gratuita (boca a boca, viral, reportagens)
Paga pelo anunciante
É dirigida ao indivíduo
Dirigada a uma massa de consumidores (meios de comunicação)
Apela para os sentimentos, tem intuito informativo.
Apela para o conforto, prazer, satisfação, tem
intuito persuasivo / convencimento.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mídias sociais: dúvidas na hora de usar


Em termos de marketing digital, o que não faltam são gurus e suas bíblias com fórmulas mágicas. Todo dia, milhares de novos posts em blogs, artigos em revistas e livros totalmente dedicados ao assunto são disponibilizados de modo muito acessível e até gratuito. No entanto, quanto mais leio sobre o assunto, confrontando com o que vejo todos os dias em meu trabalho como analista de mídias sociais (embora eu atue muito mais como editora nessas mídias), mais dúvidas eu tenho sobre a maneira correta de se atuar nessas mídias. 

Vou enumerar algumas aqui:

1. No Twitter, como encontrar o público que buscamos para o cliente e sua  marca? Vejo esta como uma grande dificuldade, pois a descrição na bio dos usuários nem sempre traz informações quanto à cidade/região ou faixa etária, por exemplo. Assim, acabamos adicionando gente um tanto que a esmo, como forma de notificar a existência do  perfil em questão, esperando sermos seguidos de volta. O problema é que não temos como filtrar melhor nosso público. Se no planejamento prometemos atingir o público tal, um número xis de seguidores, como cumprir em curto prazo, que é o que as empresas esperam?

2. Ainda sobre o Twitter, como fazer com que os usuários entendam a importância de incluir em seus RTs a hashtag de uma campanha? Ou então como lidar com a dificuldade dos seguidores no entendimento de regrinhas básicas de uma promoção? É um tal de retuíte para o link errado, de compreensão equivocada das regras da promoção, e por aí afora.

3. Falamos o tempo todo em engajamento, mas como entregar isso ao cliente se sua marca ainda é iniciante e não possui esse capital no "mundo offline"? O problema é que o cliente espera receber o retorno em pouco tempo, muitas vezes assinando um contrato de pouco tempo com a agência esperando resultados grandiosos.



4. No Facebook, um grande número de usuários ainda não entendeu direito o funcionamento de todas as funcionalidades, não sabe onde e o que "curtir" e a marca fica falando sozinha. É fácil falar em monitorar a conversa do público e a concorrência e participar da conversa. Mas e quando essa conversa não existe, simplesmente porque nem os concorrentes nem o público-alvo da marca estão nas mídias sociais? Parte-se totalmente do zero e para isso não há guru ou bíblia que indique um caminho.

5. Ainda sobre o Face, a regra é que se crie uma página de fãs (as fan pages) para marcas e negócios, no entanto muitas ainda usam o perfil como forma mais rápida de conseguir amigos, o que depois facilita na hora de transformar esse perfil em uma fan page (os amigos migram como fãs que curtiram a página). A dificuldade é semelhante a que ocorre no Twitter. Ao invés de seguidores, são os fãs o problema. Nem sempre o público do cliente (empresa, marca etc) nos dá as melhores pistas para que a gente o encontre por lá. E aí temos um monte de fãs que, na real, não são nosso verdadeiro público e não irão comprar o produto do nosso cliente, que no final das contas é o objetivo final do  marketing.

São apenas algumas dificuldades típicas de quem trabalha com marcas e negócios pequenos, no interior. Imagino, no entanto, que seja a realidade para muitos gestores, analistas e editores de mídias sociais, que assim como eu sentem uma grande discrepância entre o que sugere a teoria e o que ocorre na realidade. Talvez o que me falte seja conhecimento de ferramentas que facilitem este processo e este post visa justamente trocar ideias. Aceito sugestões e críticas!


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Santa Maria recebe seminário de comunicação promovido pelo Governo do Estado

Recebi via e-mail e compartilho a informação.

Santa Maria sedia, nesta quinta, dia 28, o primeiro seminário regional sobre comunicação promovido pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital.
O evento, intitulado "Comunicação em Pauta - o que já mudou e o que ainda precisa mudar", está programado para as 18h30,  no auditório da CACISM. Serão três paineis com temas bem interessantes.

Programação:

Evento:
 Seminário Comunicação em Pauta - O que já mudou e o que ainda precisa mudar 
Data: 28 de julho de 2011, a partir das 18h30min
Local: Rua Venâncio Aires, 2035 - Centro - Santa Maria

Painel 1: Direito à Comunicação - Importância de um novo marco regulatório e dos conselhos de comunicação social 
Painelista: Andréa de Freitas - Delegada à Confecom 2009, Secretária Adjunta da Secretaria de Comunicação de Canoas - RS

Painel 2: Inclusão Digital 
Painelista: Cláudio Dutra - Vice-presidente da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs)

Painel 3: TV Comunitária - Comunicação pública e a Telesur 
Painelista: Carlos Alberto Almeida - Jornalista, presidente da TV Cidade Livre de Brasília - DF 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

SBPJor irá debater jornalismo e mídias digitais

0 9º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, organizado pela SBPJor, será realizado entre os dias 3 e 5 de novembro de 2011, na Escola de Comunicação da UFRJ, com o tema “Jornalismo e Mídias Digitais". A julgar pelas presenças internacionais de Axel Bruns e John Pavlik, nomes que prometem agitar a discussão em torno das transformações pelas quais passa o jornalismo na era digital, o evento é imperdivel. Reproduzo material enviado pelos organizadores.

Este ano, o encontro da SBPJor terá uma novidade, a realização do 1o. Encontro de Jovens Pesquisadores em Jornalismo, que será coordenado professores Josenildo Guerra, da UFS, e Victor Gentilli, da UFES.
O prazo para submissão de trabalhos para o 1o. Encontro de Jovens Pesquisadores em Jornalismo,  Comunicação Livres, Comunicacões Coordenadas é dia 22 de julho.
As inscrições estão abertas no site www.sbpjor.org.br/artigos2011 . As
regras para submissão de trabalhos podem ser consultadas no site.
Já as inscrições para o 6º Prêmio Adelmo Genro Filho de Jornalismo - categorias -  Iniciação Científica/Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação, Mestrado, Doutorado e Pesquisador Sênior – estão abertas até 10 de agosto. O PAGF é coordenado pela professora Dione Oliveira Moura, da UnB. As regras podem ser consultadas do site da www.sbpjor.org.br


Programação
3 de Novembro – Quinta-feira
8h – Entrega de material aos participantes
9h-12h – I Encontro de Jovens Pesquisadores em Jornalismo
14h30 – 18h30 – Meio a Meios: Debate sobre jornalismo e novas mídias
18h30 – Abertura Oficial:
- Ivana Bentes – Diretora da Escola de Comunicação da UFRJ ( ECO-UFRJ)
- Carlos Franciscato – Presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo ( SBPJor)
18h45 – Entrega do Prêmio Adelmo Genro Filho
19h00 – Painel 1 : Jornalismo e Mídias Digitais
Palestrantes:
John Pavlik (State University of New Jersey – Estados Unidos)
Marcos Palácios (Universidade Federal da Bahia)
Mediação:
Raquel Paiva (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
21h00 – confraternização
4 de Novembro – Sexta-feira
9h – 10h50 –  Painel 2: Reconfigurações das práticas e mediações Jornalísticas
Palestrantes:
Axel Bruns (Queensland University of Technology – Australia)
Henrique Antoun (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Mediação:
Ana Paula Goulart (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
10h50 – 11h10 – Coffee break
11h10 –13h00 – Apresentação de trabalhos nas sessões de Comunicações Livres
13h00 – 14h30 – Intervalo para o almoço
14h30 – 18h30
- Apresentação de trabalhos nas sessões de Comunicações Coordenadas
- Meio a Meios: oficinas
18h30 – Assembléia dos associados da SBPJor
19h30 – Sessão de Lançamento de livros
5 de Novembro – Sábado
9h – 10h50 – Painel 3: A pesquisa e o ensino de jornalismo digital no século XXI
Ramón Salaverría (Universidad de Navarra – Espanha)
Elias Machado (Universidade Federal de Santa Catarina)
Mediação:
Claudia Quadros (Universidade Tuiuti do Paraná)
10h50– 11h10min – Coffee break
11h10 – 13h00 – Apresentação de trabalhos nas sessões de Comunicações Livres
13h00 – 14h30 – Intervalo para o almoço
14h30 – 18h30
- Apresentação de trabalhos nas sessões de Comunicações Coordenadas
- Meio a Meios: oficinas
18h30 – Assembléia de posse da nova diretoria da SBPJor
19h – Encerramento

quinta-feira, 26 de maio de 2011

UFSM está com vagas abertas para docentes na área de Comunicação

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está com dois editais abertos com vagas para docentes no Departamento de Ciências da Comunicação.

O primeiro edital  é para 3 vagas no regime de 40h/DE, na área Produção Editorial. Está aberto para doutores, graduados nas áreas de Editoração, Jornalismo, Relações Públicas, Rádio e TV, Publicidade e Propaganda, Letras, Design ou Biblioteconomia. 
Maiores informações, como programa do concurso e prova prática estão disponíveis no edital.

O segundo edital é para 2 vagas distintas na área de Comunicação: a primeira vaga (40h/DE) é para a área de Publicidade e Propaganda, solicita graduação em Publicidade e Doutorado.
A outra vaga (40h/DE),  na área de Relações Públicas, pede graduação em RP e Doutorado.
Informações sobre os programas do concurso e prova prática estão disponíveis no edital

As inscrições vão até o começo de junho.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Schudson discute o futuro das notícias e da informação pública

Compartilhando material de divulgação da XX Compós:

Um dos recentes temas de interesse de Michael Schudson, conferencista da Compós 2011, é o debate sobre o futuro das notícias e da informação pública com a proliferação dos observatórios políticos e dos bancos de dados online.
No artigo “Political observatories, databases & news in the emerging ecology of public information”, o professor da Universidade de Columbia (EUA) retoma as ideias de Walter Lippman sobre jornalismo e formação da opinião pública para pensar a utilização, nas notícias, de informações produzidas por observatórios.
Para Schudson, esees observatórios, bem como os bancos de dados online que possuem recursos de busca, não substituem o jornalismo. Porém, são hoje instrumentos fundamentais para a prática jornalística. Os blogueiros e o jornalismo cidadão, para o autor, também servem de fonte para o jornalismo tradicional e enriquecem as notícias dos veículos de comunicação de referência.
Leia o artigo na íntegra no site da Universidade de Columbia.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Schudson irá palestrar na Compós 2011 sobre “Jornalismo, Comunicação e Política”

Reproduzo abaixo material enviado via e-mail pela comissão organizadora da XX Compós.

Um dos mais recentes artigos do professor da Universidade de Columbia Michael Schudson, conferencista da Compós 2011, trata da cobertura do New York Times da última campanha presidencial norte-americana. Jornalismo e política é um dos temas preferenciais do pesquisador, que fará palestra sobre “Jornalismo, Comunicação e Política”, no dia 14 de junho, no auditório da Fabico (UFRGS ) em Porto Alegre.
A partir da pergunta “O que faz a proliferação das novas mídias?”, o autor analisou a edição impressa do jornal, mais especificamente as notícias que abordavam o papel da própria mídia nas campanhas. O artigo “The new media in the 2008 U.S. presidential campaign: the New York Times watches its back” mostra como o mais influente jornal dos Estados Unidos dedicou espaço para tratar da função das novas mídias durante as eleições norte-americanas.

Michael Schudson estará em Porto Alegre durante a XX Compós
O estudo sugere que a cobertura noticiosa enfatizou a nova intensidade, a singular ubiqüidade e uma nota de anarquismo presentes nos novos meios de comunicação, permitindo que cidadãos com pouca conexão a um candidato ou a um centro partidário ganhassem, mesmo que brevemente, notoriedade através da cobertura política.
Leia o artigo na íntegra do site da Universidade de Columbia.

Mais informações sobre o XX Encontro da Compós no site do evento. 

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Tecnologias, reconfigurações e convergências será lançado nesta sexta na Feira do Livro

O livro Estudos das Mídias: Tecnologias, Reconfigurações e Convergências, editado por pesquisadores dos cursos de Jornalismo e Publicidade da Unifra (Centro Universitário Franciscano), será lançado amanhã (quinta-feira, dia 13 de maio) na Feira do Livro de Santa Maria.
A obra reúne artigos de pesquisadores e estudiosos da área com foco em reflexões teóricas e estudos de caso, com abordagens diversas, tendo em comum refletir sobre as transformações pelas quais passam os processos comunicativos na atualidade mobilizadas ou aceleradas pelas tecnologias e suas apropriações sociais.
Participo do trabalho, juntamente com a Eugenia Barichello, que foi minha orientadora no Mestrado em Comunicação da UFSM, com um artigo sobre jornalismo conversacional.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Aniversário de ZH é comemorado com debate entre profissionais e estudantes

Pelo terceiro ano consecutivo, o jornal Zero Hora comemora seu aniversário promovendo debates entre seus profissionais e os estudantes de Jornalismo. E, pela segunda vez, o evento terá a participação ativa dos acadêmicos na cobertura online. Nestas quarta-feira (4) e quinta-feira (5), jornalistas de ZH estarão nas 20 faculdades de Jornalismo do Rio Grande do Sul para comemorar os 47 anos do jornal. 
O debate sobre a atividade jornalística é dirigido a professores e estudantes do Estado, que este ano conta com dois novos cursos — ESPM e UFPel. A cobertura das palestras será simultânea e realizada em tempo real pelos estudantes para o site do jornal, via Twitter.
A cobertura pelo Twitter será coordenada pela editora de Mídias Sociais do Grupo RBS, Barbara Nickel, e terá destaque no site de zerohora.com. O objetivo é incentivar a atividade jornalística em tempo real dos alunos participantes.

As palestras
Bagé:
Maria Isabel Hammes - quinta-feira (5), às 19h, no salão de Atos Central da Urcamp
Canoas:
Moisés Mendes – quinta-feira (5), às 19h, na sala 203 do prédio 14 do campus Canoas da Ulbra
Caxias do Sul:
Dione Khun – quarta-feira (4), às 16h40, no auditório do bloco E da Cidade Universitária da UCS
Cruz Alta:
Nilson Mariano – quinta-feira (5), às 19h30, no Salão Nobre do Campus da Unicruz
Frederico Westphalen:
Carlos Wagner - quarta-feira (4), às 14h, no auditório do Colégio Agrícola da Cesnors
Ijuí:
Marlise Brenol – quinta-feira (5), às 19h30, na Sala COM 04 do Campus Unijuí
Lajeado:
Fernanda Zaffari – quinta-feira (5), às 19h30, auditório do prédio 11 da Univates
Novo Hamburgo:
Carlos Etchichury – quinta-feira (5), às 19h30, auditório do Prédio Azul da Feevale
Passo Fundo:
Rodrigo Lopes – quinta-feira (5), às 20h, no auditório da Faculdade de Agronomia, no Campus da UPF
Pelotas:
Altair Nobre – quinta-feira (5), às 19h30, no auditório central Dom Antonio Zattera, no Campus I da UCPel. A primeira turma de Jornalismo da UFPel participa do evento.
Porto Alegre:
Deca Soares – quinta-feira (5), às 14h, no prédio C da ESPM
Tulio Milman – quinta-feira (5), às 19h15, no auditório da Biblioteca do Campus IPA/Metodista
Diogo Olivier – quinta-feira (5), às 20h, no auditório da Famecos da PUCRS
David Coimbra - quinta-feira (5), às 10h, no auditório da Fabico da UFRGS
Santa Cruz do Sul:
Humberto Trezzi – quinta-feira (5), às 19h, na sala 101 da Unisc
Santa Maria:
Cláudia Laitano
quinta-feira (5), às 10h, no auditório do prédio 21 do campus da UFSM
quinta-feira (5), às 19h30, no Salão de Atos, no conjunto 3 do campus da Unifra
São Borja:
Caroline Torma – quinta-feira (5), às 14h, para Unipampa (auditório do Sindilojas - Rua General Marques, 728)
São Leopoldo:
Rosane de Oliveira – quinta-feira (5), às 20h, no miniauditório do átrio da Biblioteca da Unisinos


PRECISAM-SE DE VOLUNTÁRIOS PARA REALIZAR COBERTURA DO EVENTO:


Um coordenador da cobertura online, que será responsável pelo CoverItLive (ele poderá convidar outros colegas para integrarem a equipe dele e distribuir as funções)
Um aluno tuiteiro que vai fazer a narração via Twitter (ele poderá retuitar outros colegas, e seu perfil de Twitter deverá ser incluido dentro do CoverItLive com a cobertura completa)
Aluno interessado, entrar em contato com a secretaria do seu curso.

*Com informações da organização do evento.

A morte de Bin Laden nas mídias sociais

No início da madrugada desta segunda-feira, quando alguns insones internautas tentavam encerrar suas atividades do final de semana procurando por assuntos interessantes na rede, começavam os rumores da morte do líder da organização terrorista Al Qaeda, a quem se atribui a autoria dos atentados de 11 de setembro de 2001. 
Rapidamente, no Twitter e no Facebook, as pessoas comentavam ter ouvido rumores, mas sem confirmação nos canais oficiais. Aos poucos iam surgindo notícias aqui e ali nos sites de notícias, na CNN, com a informação confirmada finalmente pelo pronunciamento do Presidente Barack Obama feito ao vivo e transmitido via youtube e site da Casa Branca. 
Mais uma vez as mídias sociais desbancaram as mídias de massa em agilidade e compromisso com a informação em tempo real. A TV aberta brasileira foi criticada na internet por não dar a informação e só abrir um plantão bem mais tarde, e provavelmente gravado. 
O site Mashable postou uma enquete para saber qual o canal pelo qual seus leitores ficaram sabendo primeiro da morte de Osama. Antes das 2h, quando este post era escrito, quase 50% tinham sido informados pelo Twitter (a maior fatia) e 17% pelo Facebook (em segundo lugar), contra 13% que afirmaram ser informados pela televisão (em terceiro). Com menos expressão aparecem mensagens de texto, telefone e outros.
O assunto movimentou as redes sociais na internet, ficando no topo dos mais comentados do Twitter. As mídias sociais são, assim, cada vez mais levadas a sério como fóruns de troca de informação. E isso não se aplica apenas ao Twitter. O Facebook, geralmente visto mais como plataforma de entretenimento e conversação e nem tanto para informação, mostrou que também possui uma veia informativa, jornalística. Fiquei sabendo, inclusive, por acaso, que o site da Casa Branca está todo integrado à rede social. Na hora do discurso do presidente Obama, era possível, além de assistir ao pronunciamento, comentar a fala em um chat em tempo real, através de um aplicativo do Facebook.
E você, como ficou sabendo da notícia?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ebook “Para Entender as Mídias Sociais” será lançado dia 25 de abril

Na próxima semana, será lançado o e-book Para Entender as Mídias Sociais, um projeto colaborativo que reúne autores de todo o Brasil, com diferentes abordagens sobre o assunto. Tive a satisfação de fazer parte do projeto, colaborando com um artigo sobre mídias sociais e coberturas colaborativas. Tem muita gente interessante no livro, que é todo organizado pela Ana Brambilla, mestre em Comunicação e pesquisadora da área. Abaixo reproduzo o material de divulgação do e-book.

Obra reúne 36 autores e terá download gratuito

Nos últimos dois meses, pesquisadores e profissionais de mídias sociais de diversas áreas reuniram-se, de modo voluntário, para a produção do ebook “Para Entender as Mídias Sociais”. O lançamento acontece no dia 25 de abril, segunda, às 17h, com a divulgação do link para download gratuito da obra nos sites:
Com o objetivo de estimular o debate em torno deste universo em plena ascensão, o livro é composto por artigos curtos, cada um deles abordando temas que atravessam as redes de relacionamento como Política, Educação, Celebridades, Jornalismo, Mobilidade, Relevância, Mercado de Agencias e tantos outros.
A publicação está dividida em 5 núcleos: Bases, sobre plataformas, linguagens, tecnologias e ambientes por onde as redes acontecem; Mercado, enfatizando assuntos ligados à comunicação e empresas; Redação, com foco ao uso das mídias sociais pelo jornalismo e seus desdobramentos; Persona, dedicado à cultura pop e seus sub-produtos e, por fim, Social, tocando em temas fundamentais para a sociedade que estão presentes de modo significativo nas redes de relacionamento.

O PROJETO
A iniciativa do projeto é da jornalista e mestre em comunicação Ana Brambilla, que assina a organização da obra. A publicação terá licença Creative Commons, sendo permitida a cópia e livre distribuição do ebook, desde que para fins não comerciais e com citação da fonte.
A capa do livro é criação do designer Rogério Fratin que, assim como os autores e a organizadora, fez todo o trabalho sem qualquer remuneração.
O modelo, conhecido como “flashbook”, é original do livro eletrônico “Para Entender a Internet”, promovido pelo pesquisador de mídias digitais Juliano Spyer, durante a Campus Party de 2009.
É o próprio Juliano Spyer quem assina o prefácio do livro, que conta, ainda, com apresentações de Edney Souza, sócio-fundador da agência Pólvora e da pesquisadora Raquel Recuero, autora do livro “Redes Sociais”.

PRÓXIMOS PASSOS
Mais do que um ebook, “Para Entender a Internet” deve se tornar um projeto em constante progresso. Em compatibilidade ao modelo aberto das redes sociais, a iniciativa também deve dar espaço para outros profissionais e pesquisadores que tenham as mídias sociais como foco. Para isso, basta submeter uma proposta de artigo em um dos blogs acima citados. Os temas e textos serão avaliados com vistas à publicação de um segundo volume.



TEMAS E AUTORES – Mídias Sociais e...

NÚCLEO BASES
… Mídias Sociais Conectadas e Social Machines  /  Walter Lima
... Orkut ou Facebook?  /  Rafael Sbarai
... A “Morte” dos Blogs  /  Alexandre Inagaki
… Design  /  Rogerio Fratin
... Mobilidade  Carril Fernando
… Games  /  Rafael Kenski
... Social Media Day  /  Caroline Andreis

NÚCLEO MERCADO

... Mercado de Agências  /  Gil Giardelli
... Segmentação  /  Guilherme Valadares
... Marcas  /  Eric Messa
... Viralização  /  Ian Black
... Buzz  /  Thiane Loureiro
… Métricas e Avaliação de Resultados  /  Ricardo Almeida
… Universo Corporativo  /  Carolina Terra
 Mercado Editorial  /  Nanni Rios

NÚCLEO REDAÇÃO

… Narrativas Digitais  /  Pollyana Ferrari
... Jornalismo   Ana Brambilla
… Coberturas Participativas  /  Luciana Carvalho
… Relevância  /  Rodrigo Martins
… Relacionamento com o Leitor   Nívia Carvalho
... Tempo-Real no Jornalismo  /  Barbara Nickel
... TV  /  Filipe Speck

NÚCLEO PERSONA

... Celebridades  /  Ivan Guevara
… Moda  /  Gisele Ramos
… Esportes  /  Willian Araújo
... Música / Katia Abreu
… Fakes  /  Jorge Rocha
... Narcisismo  /  Susan Liesenberg

NÚCLEO SOCIAL

... Política  /  Marcelo Soares
... Administrações Públicas  /  Ivone Rocha
... Questões Jurídicas   Rony Vainzof
... Mobilização Social   Fernando Barreto
... Educação  /  Bianca Santana e Carolina Rossini
... Movimento Hacker   Rafael Gomes
... Classes Populares  /  João Carlos Caribe